quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Em terapia

Em primeiro lugar obrigada pelo carinho e comentários de todas as amigas que passam por aqui. Me desculpem não responder, mas estou vivendo dias atípicos, e escrever sobre essas coisas também não têm sido fácil.
Voltei com minha antiga terapeuta. A médica eu mudei mesmo, aquela que eu falei que finalmente me diagnosticou corretamente. Mas a terapia fazia mais de um ano que eu havia largado, e devido aos últimos acontecimentos, retomei a terapia.
Ela me conhece muito bem, e em nosso segundo encrontro depois desse longo intervalo ela disse uma coisa que parecia a revelação de uma realidade que estava oculta em meu inconsciente, e estou pensando nisso até agora: eu tenho uma grande dificuldade em assumir minha vida: assumir meu papel de mãe e deixar o de filhinha, assumir minha casa, meu papel de esposa, de mulher. Minhas responsabilidades. Por isso me apego a outros problemas, pequenas picuinhas, mágoas com outras pessoas, sofrimentos sem explicaçao, por isso me apego aos problemas de meus pais...Para não assumir os meus, não assumir as reponsabilidades.
Sou uma egoísta que de alguma forma quer chamar a atenção para si própria, ficando doente, assumindo o papel de vítima, tendo pena de mim mesma, só pensando em meus problemas mentais e em como sofro por não querer fazer meu filho sofrer com isso. Até nisso sou egoísta.
É, os véus estão caindo, sinto meu peito em carne viva, estou com pena de mim mesma, mas sinto que estou, como minha própria terapeuta disse, em reabilitação. Isso dói demais, mas eu tenho que sair dessa zona de conforto, que de confortante não tem nada. A hora é agora. Há tanto em jogo: a felicidade de meu filho, meu casamento, meu trabalho, minha sanidade, MINHA VIDA.
Não sei quando volto aqui. Vou viajar no carnaval, talvez só depois. Mas quero voltar, quero falar com vocês, com cada uma de vocês que entendem o que estou passando. Mas entendam, não tenho tido muita paciência nem concentração para escrever. Acredito que isso vá melhorar. E a gente segue, juntando os pedacinhos, apesar de nunca ficar inteira de verdade, igual uma colcha de retalhos..... Mas esses retalhos somos nós né? Quem tem ouvidos, ouça...

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

De volta, de Licença, e Bipolar

Bem, depois de muito e muito tempo, voltei aqui. Vocês não sabem o que tenhéo passado, não é nada comparado com o que já relatei aqui. Todos que já leram meu blog sabem que até então eu era diagnosticada como depressiva. Pois bem, fiquei muito tempo sem postar e nem sequer ler nenhum blog. Isso me isenta de uma possível influência no meu diagnóstico atual, que acredito que agora é o verdadeiro: Pois bem senhoras e senhores, mais de dez anos depois fui diagnosticada e agora acho que corretamente. Pasmem: Bipolar!!! Pois é, também fiquei um pouco surpresa. E tanta coisa aconteceu nesse meio tempo que, só para saber o resumo da ópera e eu não ficar floriando o que não é nada lindo, entre outras coisas, rolou o seguinte: Cortei meus dois braços numa crise histérica, fui exorcizada por um padre e agora vou fazer perícia para entrar de licença médica. Acho que isso resume bem esse período que estive fora né? Bem sintético. Agora vou começar uma nova fase em minha vida, uma luta, não sei o que me espera, coloco minha vida nas mãos de Deus e espero que essa fase passe logo. Espero voltar aqui com regularidade, vou precisar de apoio, conselho, força... Toda força que puder. Agora eu não tenho muito o que oferecer, mas quando melhorar quero, de alguma forma, ajudar os que passam pelo mesmo que eu.